Para a autora da propositura, a Sessão Especial foi importante para conhecer o trabalho e entender as dificuldades da Defensoria Pública. “É preciso ter conhecimento do mal que será se a Defensoria Pública não for devidamente estruturada. Os representantes da Casa, do povo de Aracaju, do Estado precisam defender e celebrar com a Defensoria, uma instituição que está exatamente para os menos favorecidos, para os mais pobres, para aqueles que querem o direito de ter um advogado, por isso, fiz esse requerimento na qualidade de defensora pública. Infelizmente há uma onda de movimentos e manifestações correndo pelo Brasil em prol dos advogados dativos ao invés de investirem na concretização da Defensoria Pública que tem uma autonomia constitucional. É importante que estejamos defendendo esse instrumento que dar igualdade à todos, independente da condição financeira”, afirmou Emília Côrrea.
“O defensor público ajuda o próximo, cumpre umas das primárias missões que é servir. Parabéns à defensora pública Emília Côrrea pela iniciativa e que continue atuando em defesa dos hipossuficientes não somente na Câmara, mas também na Defensoria Pública que é um trabalho emblemático para todos os colegas”, destacou o presidente da Associação dos Defensores Públicos do Estado de Sergipe (Adpese), Ermelino Costa Cerqueira.
Em seu discurso o defensor público geral, Jesus Jairo Almeida de Lacerda, agradeceu a iniciativa da colega e enalteceu o trabalho dos defensores públicos que atuam na defesa dos hipossuficientes. “Nossa instituição é formada de profissionais qualificados e dedicados a ajudarem a população, principalmente os mais carentes. Exemplos não faltam como os colegas Élber Batalha e Emília Côrrea, ambos ajudam os hipossuficientes legislando, fiscalizando e também na Defensoria Pública atendendo e resguardando os direitos dos usuários de forma judicial e extrajudicial, contribuindo desta forma para o fortalecimento da instituição”, disse.
Para Jesus Jairo, o fortalecimento da Defensoria Pública é o fortalecimento do povo sergipano. “Uma Defensoria Pública forte é um povo forte de seus direitos. O artigo 134 da Constituição Federal é claro em afirmar ser a Defensoria uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe como expressão do regime democrático a defesa dos direitos humanos coletivamente e individualmente”, pontuou.
De acordo com o membro da Defensoria Pública, a pior prisão é a da miséria. “Cabe ao defensor público, como agente de transformação social, libertar nosso povo desse cárcere. Conhecemos o sofrimento da população hipossuficiente e vivenciamos através de desocupações e outras ações onde o defensor público sempre está ao lado do povo, muitas vezes pondo em risco a sua própria vida. A Defensoria desce ao fundo, onde tem os bolsões da miséria, numa caminhada vertical levando consigo os direitos fundamentais aos assistidos”, enfatizou.
“Os defensores públicos exercem suas funções em momentos críticos e, pacientemente dialogando com as pessoas, chegam a um denominador comum evitando que muitas ações cheguem ao Judiciário. Conheço o trabalho da Dra Emília no dia a dia e sinto-me engrandecido com esse companheirismo. A Câmara de Vereadores cheira a povo e quem não gosta de gente não deve entrar nessas profissões as quais é preciso sentir o cheiro do povo assim como ser defensor público”, frisou o psicólogo Jorge Barbosa.