A Defensoria Pública do Estado de Sergipe realizou na terça-feira, 16, na Praça General Valadão, no Centro de Aracaju, como parte da programação da Semana do Defensor Público – alusiva ao Dia do Defensor Público que é comemorado em 19 de Maio – um Mutirão de Atendimento do projeto Defensor Público na Sua Comunidade.
Durante a ação mais de 200 pessoas buscaram orientação jurídica e psicossocial através dos defensores públicos, psicólogos, assistentes e estagiários do curso de direito e psicologia.
As maiores demandas foram relacionadas a juros abusivos de cartões de crédito, procedimentos de saúde como cirurgias, exames, home care e medicamentos, financiamentos de veículos e imóveis, inventário, divórcio, pensão alimentícia, processos criminais, entre outras questões relacionadas ao direito do consumidor, família e sucessões.
O professor desempregado, Everton Alves, buscou orientação jurídica para conseguir fraldas, suplementos e medicamentos para seu pai que se encontra acamado. “Meu pai sofreu um AVC e precisa de cuidados médicos e procedimentos de saúde como suplementos, fraldas e medicamentos, mas infelizmente não tenho condições de arcar com essas despesas, pois estou desempregado e ele só ganha pouco mais de R$ 1 mil de aposentadoria. Só uma lata de suplemento custa em torno de R$ 100, por isso, vou recorrer à Defensoria Pública. Além disso, ele precisa também de mais sessões de fisioterapia”, relata.
Viúvo pela segunda vez, o aposentado Faustino Pereira quer saber como proceder para entrar com ação de inventário. “Fui casado duas vezes e desses casamentos ficaram bens de herança, mas não sei quais serão os meus direitos. Fui muito bem orientado pelo defensor público e amanhã vou providenciar os documentos”, disse.
Para a defensora pública e uma das organizadoras do Mutirão, Isabelle Peixoto, o evento foi um sucesso. “As pessoas procuraram a Defensoria para orientação e encaminhamentos para ações judiciais. É imprescindível essa aproximação da Defensoria com nossos usuários hipossuficientes, levando os nossos serviços à população e vendo a satisfação nos olhos de quem busca os seus direitos é gratificante. Esse projeto não vai parar, a intenção é que a Defensoria visite muitas comunidades e vá até as pessoas, dando conhecimento dos seus direitos e dos nossos serviços. Para os hipossuficientes, ter um defensor público para a garantia dos seus direitos é uma imposição constitucional”, destacou.