O Plenário da Câmara dos Deputados concluiu, na quarta-feira (7/8), a votação em segundo turno da proposta de reforma da Previdência (PEC 6/19). Todos os destaques apresentados foram rejeitados. O texto enviado ao Senado é igual ao aprovado em primeiro turno no dia 13 de julho. O texto-base da proposta já havia sido aprovado em segundo turno, na madrugada da quarta, por 370 votos a 124 (no primeiro turno, foram 379 a 131).
PEC no Senado
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP), recebeu nessa quinta-feira (8/8) a reforma da Previdência das mãos do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ).
O senador Tasso Jereissati (PSDB/CE) foi confirmado como relator da proposta, que vai para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Ele também é relator da comissão especial de acompanhamento da reforma, em funcionamento no Senado desde abril. Tasso adiantou que pretende apresentar o seu relatório antes do prazo regimental de 30 dias que o Colegiado tem.
Tramitação
Depois de passar pela CCJ, a PEC 6/2019 irá para o Plenário, onde precisará passar por cinco sessões de discussão antes da primeira votação. São necessários pelo menos 49 votos favoráveis para que ela seja aprovada em primeiro turno. Depois de mais três sessões de debates, ela deverá ser votada em segundo turno, com a exigência do mesmo quórum para a aprovação. Caso seja aprovada pelo Senado sem modificações, a matéria estará pronta para ser promulgada como emenda constitucional.
Estratégias e articulação
A ANADEP já marcou as atividades legislativas para os dias 27, 28 e 29 de agosto. Ao lado das Associações Estaduais, a entidade estará mobilizada no Senado para dialogar com o maior número de parlamentares e falar sobre os aspectos da PEC que exigem correção e/ou supressão. Outras estratégias também estão sendo traçadas junto ao Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e à Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (FRENTAS).
Durante toda a semana, as defensoras e os defensores públicos tiveram agendas com diversos senadores. Um dos encontros foi com a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que preside a CCJ. Na ocasião, ela orientou as entidades a priorizarem itens que ainda requerem alguma correção para que sejam levados ao senador Tasso, com detalhamento dos impactos orçamentários. A senadora também propôs a participação das entidades nas audiências públicas que serão realizadas na CCJ e disse, de antemão, que o Senado deve manter o texto que será aprovado na Câmara, porém, eventuais correções podem ser feitas por meio de uma PEC paralela.
Entre outros encontros da semana estão, com os deputados: André Figueiredo (PTD-CE); Professor Israel Batista (PV-DF); Newton Cardoso Jr. (MDB-MG); Dr.Frederico (PATRIOTAS-MS); Edmilson Rodrigues (PSOL-PA); Paulo Ramos (PDT-RJ); Francisco Jr. (PSD-GO); Gleyci Elias (AVANTE-MG); Iracema Portella (PP-PI); Lincoln Portela (PL-MG); Mario Negromonte Jr. (PP-BA); Padre João (PT-MG); Paes Landim (PTB-PI); Paulo Abi Akel (PSDB-MG); Perpétua Almeida (PCdoB-AC); Soraya Manato (PSL-ES); líder do PSB, Tadeu Alencar (PE); e Ted Conti (PSB-ES).
Entre os senadores, estão: líder do DEM no Senado, Rodrigo Pacheco (MG), Jacques Wagner (PT-BA); Luis Carlos Heinze (PP-RS); Marcos do Val (CIDADANIA-ES); Rose de Freitas (PODEMOS-ES); Elmano Ferrer (PODEMOS-PI); Fabiano Contarato (REDE-ES); e Sérgio Petecão (PSD-AC). Houve também reunião com o assessor jurídico do relator responsável pela matéria, senador Tasso Jereissati (PSDB/CE).
Fonte: Ascom ANADEP